O sargento Luis Marcos dos Reis, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, afirmou que as movimentações de mais de R$ 3,3 milhões nas contas dele são justificadas pela existência de um “consórcio entre colegas”. A afirmação foi dada durante depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do 8 de Janeiro, nesta quinta-feira (24).
“A gente de situação financeira mais baixa começou em um consórcio”, alegou Reis ao responder a questionamentos da relatora Eliziane Gama (PSD-MA) sobre os valores movimentados pelo sargento.
O depoente também afirmou que o dinheiro tem relação com a aposentadoria da carreira como militar e empréstimos que pediu a pessoas próximas e familiares.
Atos extremistas
Durante o depoimento, Reis admitiu ter ido à Esplanada em 8 de Janeiro e subido a rampa do Congresso, ato que definiu como "impensável", e disse estar arrependido. No entanto, ele negou ter entrado nos prédios públicos e participado de depredações. "Não financiei, planejei, coordenei, estimulei, instruí ou dei suporte ou tomei parte de qualquer ato preparatório ou executório [para os atos extremistas]", disse.