As explosões simultâneas de pagers e walkie-talkies de integrantes do grupo terrorista Hezbollah, na semana passada, deixaram cerca de 1.500 membros da organização extremista islâmica com sequelas, informa a agência de notícias Reuters. Muitos deles tiveram mãos amputadas e outros ficaram cegos.
O então número 2 na hierarquia do Hezbollah, Ibrahim Aqil, chegou a ser hospitalizado quando o dispositivo que usava para comunicação explodiu. Ele recebeu alta na sexta-feira (20), mesmo dia em que foi morto em um ataque aéreo israelense a um prédio no sul de Beirute, no Líbano.
A Reuters ressalta ainda que, embora este seja um golpe forte no Hezbollah, a organização terrorista apoiada pelo Irã tem entre 40 mil e 50 mil combatentes, segundo um relatório do Congresso dos Estados Unidos. O secretário-geral do grupo, Hassan Nasrallah, por outro lado, fala em 100 mil homens.
Israel intensificou os combates na fronteira norte do país (sul do Líbano) a fim de garantir a segurança das cidades israelenses localizadas naquela região. Desde o ataque terrorista do Hamas, em 6 de outubro do ano passado, o Hezbollah rompeu o cessar-fogo, que estava em vigor desde agosto de 2006, e passou a disparar mísseis em direção ao estado judeu.
Milhares de famílias precisaram sair de casa e não puderam retornar até hoje. O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, falou na semana passada sobre uma “nova fase” da guerra, com foco no norte do país.
Gallant disse que o objetivo é “devolver os moradores das cidades do norte às suas casas em segurança”.
Com a intensificação do conflito em território libanês, os terroristas do Hezbollah também ampliaram os ataques a Israel.
Um foguete disparado pelos extremistas caiu nesta quarta-feira (25) no kibutz Sa’ar, a cerca de 7 km da fronteira com o Líbano, deixando duas pessoas feridas — uma delas em estado grave, segundo o Canal 12 de Israel.