A família revelou que Valentina estranhava o suspeito e sempre chorava quando ia para o colo dele. No dia do crime, vizinhos escutaram a criança chorando muito, depois ouviram um barulho como se algo tivesse caído no chão e, após isso, o choro da criança parou.

Na sequência, Mauricio saiu com a bebê no colo já desacordada, e entregou a criança ao padrinho dela. A polícia acredita que Maurício tenha batido a cabeça da bebê com força contra a parede, causando sua morte. “Depois de muita contradição, ele falou que estava subindo as escadas e bateu a cabeça contra a parede”, diz Marcos Dario, delegado do caso. 

“Temos alguns indícios de que de início ele ficou nervoso, colocando a criança contra a parede, a chacoalhando, e pode ter batido a cabeça dela na parede. Porque como está no laudo do IML, a lesão foi natureza grave”.

Valentina foi levada às pressas para o hospital, onde passou por exames e até uma cirurgia. No local, a mãe da bebê, Juliana, sentiu um inchaço na cabeça da menina, e avisou os médicos. “O doutor automaticamente já falou: ‘Isso é queda? Batida?’, e já correram para a tomografia. E, em seguida, já viram que era muito grave o caso dela”. 

Segundo o pai de Valentina, Maurício não informou a família ou o hospital que a criança teria batido a cabeça. Abalado, ele conta que a notícia chegou para ele enquanto viajava a trabalho. O homem lamenta a morte da única filha, e afirma ainda estar em estado de choque. “Ele conseguiu tirar minha vida”.

A menina de apenas 1 ano, era a alegria da família e também, do bairro. Familiares e vizinhos buscam entender o que realmente aconteceu com a criança e o motivo para tanta raiva. 

Ainda que Mauricio não tenha confessado matar a bebê, a polícia entende que houve dolo, a partir do momento em que ele não avisa o cunhado o que realmente teria acontecido. O suspeito está preso temporariamente, e não se mostrou arrependido do que fez.

“Sou avó, tenho meus netos e foi muito triste o que aconteceu com a Valentina. A gente quer justiça, porque ela não merecia isso”, relata vizinha.

“Agora está eu e a mulher só. Eu não sei como que vai ser, o que Deus quer provar para gente. Eu não sei, não dá para acreditar ainda, né? Um bebê, tão inocente”, lamenta o pai.