A suspensão aumenta a lista de sanções que já foram implementadas pelos países do Ocidente contra o governo do presidente Vladimir Putin desde a invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro.
Cerca de 8% do petróleo dos Estados Unidos atualmente é comprado da Rússia.
O presidente americano admitiu que o valor dos combustíveis vai aumentar agora, mas pediu a ajuda dos empresários do país para que evitem a subida exagerada do preço. "Não é hora de lucros exorbitantes", disse.
"Na verdade, desde que Putin entrou na Ucrânia o preço da gasolina já subiu 0,75 dólar nos Estados Unidos, e vamos fazer de tudo para que ele não continue prejudicando nossa economia", comentou Biden.
"Vou fazer de tudo para pressionar Putin", justificou. Segundo o democrata, o fim das importações será positivo porque vai ajudar a tirar dos russos poder econômico para financiar a guerra.
Ele citou na sequência uma série de sanções já adotadas pelas principais economias do mundo contra a Rússia.
Após a declaração dos EUA, espera-se agora o pronunciamento de outros chefes de Estado, vários deles mais dependentes que os americanos do petróleo russo.
A medida de banir o petróleo russo vinha sendo estudada por técnicos e integrantes do governo americano e representantes de outros países. O temor era o impacto que a decisão poderia ter na economia global.
A Bolsa de Valores do Brasil, a B3, anotava queda de 0,35% durante a fala de Biden nesta terça-feira. Em Nova York, as operações apresentavam índice negativo de aproximadamente 2%.
Nos últimos dias, representantes do governo Biden foram à Venezuela checar se o país poderia ajudar a controlar os estoques mundiais de petróleo com a saída dos estoques da Rússia.
Antes do pronunciamento de Biden, o preço do barril de petróleo Brent avançava acima de US$ 131. Em 24 de fevereiro, antes da invasão russa, o valor, que já era considerado alto, estava pouco acima de US$ 90.
Cidadãos ucranianos enchem sacos de areia para fazer barricada ao longo de praia no mar Negro, em Odessa