Até 150 pessoas podem ter morrido no norte da Índia depois que uma parte de uma geleira da cordilheira do Himalaia rompeu-se e caiu em uma represa neste domingo (7).
A água da represa transbordou, e uma enchente atingiu as vilas ao redor e obrigou as pessoas a sair de suas casas.
O número preciso de mortes ainda não foi confirmado, mas estima-se que os mortos sejam entre 100 e 150, disse Om Prakash, secretário-chefe do estado de Uttarakhand, onde o acidente aconteceu. Depois do som da avalanche, houve deslizamento com pedras, água e barro, segundo o relato de uma testemunha.
"Desceu muito rapidamente, não houve tempo para alertar ninguém", afirma Sanjay Singh Rana, que mora no alto da vila de Raini.
Os moradores afirmam que têm receio de que os trabalhadores de uma hidrelétrica da região foram atingidos, assim como pastores da área.
O primeiro-ministro Narendra Modi afirmou que está monitorando a situação.
Equipes de resgate trabalham após rompimento de barragem — Foto: UTTARAKHAND POLICE/REUTERS TV/via REUTERS
A força aérea da índia foi convocada para ajudar nos resgates. As equipes de resposta a desastres ambientais estão sendo levadas de avião.
O estado de Uttarakhand, onde houve o acidente, é sujeito a inundações e deslizamentos de terra. Em junho de 2013, uma chuva causou inundações devastadoras que tiveram como consequência cerca de 6.000 mortes.
Esse desastre foi apelidado de "tsunami do Himalaia" pela mídia, devido às quantidades de água liberadas na região montanhosa, que lançaram lama e pedras, enterraram casas, edifícios, estradas e pontes.
Imagem de vídeo mostra enchente no estado de Uttarakhand, na Índia, em 7 de fevereiro de 2020 — Foto: Reprodução/Via Reuters
O estado leva o nome do termo hindi para "terra dos deuses", devido aos numerosos templos hindus e centros de peregrinação localizados na região.
O estado vizinho, Uttar Pradesh, é o mais populoso da Índia. As autoridades colocaram suas áreas ribeirinhas em alerta máximo.
Alguns distritos estão em alerta máximo para deslizamentos. Testemunhas alegam que o nível da água do rio que corta a região está um metro acima do normal.
A polícia pediu que as pessoas abandonem as áreas da barragem atingida o mais rápido possível.