Dentre as ações do “Andradina Contra a Dengue”, a Secretaria Municipal de Saúde disponibilizará uma equipe de Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias para orientarem e esclarecerem dúvidas da população sobre a Dengue.
A ação acontecerá no Oeste Plaza Shopping, nos dias: 31/01 - 12 às 21:30h, 01/02 - 12 às 21:00h e 02/02 - 12 às 20:00h.
Atualmente a cidade tem registrado um número de 26 casos confirmados da doença e 173 em análise, sendo que já houveram 14 internações.
Saiba Mais.
Dengue Tipo 3
O sorotipo 3 da dengue voltou a circular no estado de São Paulo, após ficar em baixa circulação desde 2016. Especialistas alertam para aumento de casos da doença, uma vez que a dengue possui quatro sorotipos e a pessoa infectada só fica imune ao sorotipo que adquiriu.
A circulação de sorotipos da dengue é identificada pelas unidades sentinelas de arboviroses. São 71 em todo o Estado de São Paulo, implantadas em unidades básicas de saúde e em pronto-atendimentos, que recebem amostras de PCR para monitorar casos de dengue, Zika e chikungunya. Como a linhagem ficou um tempo considerável em baixa circulação, a população encontra-se mais vulnerável a ela.
Conheça os diferenciais do sorotipo 3 da dengue e saiba como se proteger contra ele.
Dengue tipo 3 é mais grave?
O sorotipo DENV-3 é uma das quatro categorias de dengue em circulação no Brasil. Estudos apoiados pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) não sugerem que a dengue tipo 3 seja mais grave. No entanto, quando o indivíduo é infectado por outros sorotipos, como o DENV-1, e logo depois pelo DENV-3, a gravidade do caso pode aumentar.
Os sintomas da dengue tipo 3 são iguais aos demais: febre alta, dor atrás dos olhos, dor no corpo, manchas avermelhadas na pele, coceira, náuseas e dores musculares e articulares. Com o retorno do sorotipo 3, aumentam as chances de reinfecção pela doença.
Onde tem dengue tipo 3?
O interior do estado de São Paulo apresenta maior susceptibilidade para o aparecimento da dengue tipo 3. Isso porque a combinação de tempo quente e úmido favorece a proliferação do mosquito causador da dengue.
Em São José do Rio Preto, por exemplo, pesquisadores da Famerp (Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto) identificaram aumento de casos de dengue tipo 3 no Hospital de Base e nas unidades de pronto-atendimento (UPAs) da região, desde o fim de 2023. O estudo foi publicado no Journal of Clinical Virology.
Unidades sentinelas de arboviroses realizam o monitoramento dos tipos de dengue circulantes no estado de São Paulo. Elas recebem amostras e encaminham ao Instituto Adolfo Lutz. “Desde o ano passado, conseguimos verificar que o sorotipo 3 da dengue estava entrando no estado. Também foi por meio delas que identificamos, em 2024, o surgimento dos casos de febre Oropouche. Estamos monitorando isso rapidamente”, diz Regiane de Paula, coordenadora em Saúde da Coordenadoria de Controle de Doenças.
Como se proteger da dengue tipo 3?
As medidas de prevenção são as mesmas. Como a dengue é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado, a principal prevenção contra a doença é o combate ao vetor.
Eliminar criadouros como recipientes com água parada; instalar telas em portas e janelas, e promover a conscientização comunitária sobre as medidas preventivas que podem ser tomadas pela população são as principais medidas de prevenção.
Ação de combate à dengue da Defesa Civil em Caieiras. Foto: Governo de São Paulo/Divulgação
Para denunciar focos do mosquito, procure a Secretaria Municipal de Saúde, a Vigilância Sanitária ou o Centro de Controle de Zoonoses do seu município.
Vacina contra dengue
O Instituto Butantan desenvolve a primeira vacina do mundo em dose única contra a dengue. Os estudos foram concluídos ano passado, e o Instituto Butantan já submeteu o pedido de registro do imunizante à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A vacina do Butantan é tetravalente, ou seja, oferece proteção contra os quatro tipos de dengue em circulação no Brasil. Caso o imunizante seja aprovado pela Anvisa, o Instituto afirma ter condições de fornecer cerca de 100 milhões de doses ao Ministério da Saúde (MS) nos próximos três anos, sendo 1 milhão ainda em 2025.