O Governo de Andradina, através da Defesa Civil, recebeu materiais de combate a incêndio da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil. O “kit de estiagem” servirá para aparelhar a Brigada de Incêndio Municipal.
O kit é composto por 5 abafadores, 5 pares de luva de raspa, 5 facões, 5 óculos de proteção, 5 cantis, 2 enxadões e duas bombas costais. O material foi liberado pelo Secretário Chefe da Casa Militar e Coordenador Estadual de Proteção e Defesa Civil, Henguel Ricardo Pereira, atendendo a um pedido do prefeito Mário Celso Lopes.
O pedido foi motivado em razão do incêndio rural que atingiu o barracão municipal da Usina de Reciclagem de Lixo. “O ocorrido, atingiu diretamente a vida e o sustento de aproximadamente 35 famílias, as quais trabalhavam no local e que, até o momento tem contado com a ajuda de todos para voltar a desempenhar sua atividade plenamente”, disse.
Segundo o coordenador da Defesa Civil Andradinense, Luiz Ramos Netto, a Brigada de Incêndio Municipal participou da Oficina Preparatória para Operação Estiagem 2023, ministrado pela Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil, mas ainda não possuíam materiais contra combate a incêndios. “Com esses equipamentos teremos uma maior estrutura para os profissionais envolvidos no atendimento das ocorrências, em conjunto ao Corpo de Bombeiros, bem como respostas mais rápidas no atendimento à população”, explicou.
Operação Corta-Fogo
O Governo de SP realiza anualmente uma série de medidas no estado para prevenir e combater os incêndios florestais, especialmente em áreas de proteção ambiental. A Operação Corta-Fogo vigora o ano inteiro, mas é intensificada durante o período mais seco do ano, que vai de junho a outubro. Neste ano, para auxiliar os municípios o Governo investiu R$75 milhões, na compra de 150 caminhões-pipa que foram entregues às Prefeituras para auxiliar os trabalhos de contenção do fogo. Já as Unidades de Conservação estaduais receberam aporte de R$8 milhões provenientes da Câmara de Compensação Ambiental que foram destinados à compra de equipamentos como conjuntos de combate com tanque e motobomba para caminhonetes e, equipamentos de proteção individual, além da manutenção de aceiros, trilhas e estradas utilizadas para acesso aos parques e atendimento de ocorrências. Também foram contratados 54 postos de bombeiros civis para atuação nas ações de resposta aos incêndios.
A Operação Corta-Fogo conta com o apoio de diversos órgãos estaduais como a Coordenadoria Estadual de Proteção Defesa Civil (CEPDEC), o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar Ambiental, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), a Fundação Florestal (FF) e a Secretaria de Agricultura e Abastecimento. A coordenação do sistema é realizada pela Secretaria Estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente, por intermédio da Coordenadoria de Fiscalização e Biodiversidade (CFB). A articulação entre essas instituições ocorre por meio do Comitê Executivo, que tem como objetivo delinear ações integradas e complementares.
Números
O Painel Geoestatístico dos Incêndios Florestais em Unidades de Conservação e Áreas Protegidas publicado pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente, registrou uma queda de 59% na incidência de incêndios no Estado de São Paulo no ano passado. De janeiro a outubro deste ano foram registradas 97 ocorrências. Já no mesmo período de 2021, ocorreram 238 focos de incêndios florestais. A queda nos números pode ser atribuída a uma série de fatores, dentre os quais se destaca a intensificação das ações preventivas e de comunicação, tanto do setor privado como público, bem como a boa distribuição das chuvas nos meses de inverno.
O incêndio florestal prejudica a vegetação e causa a morte de animais silvestres, além de aumentar a poluição do ar, diminuir a fertilidade do solo, oferecer risco de queimaduras, acidentes com vítimas e causarem problemas de saúde na população. Para prevenir e combater incêndios florestais, o Governo de São Paulo, conta com a Operação Corta-Fogo, inciativa que vigora o ano inteiro, mas é intensificada durante o período mais seco do ano, que vai de junho a outubro.
Incêndios criminosos provenientes da queda de balão, uso irregular do fogo em atividades agropecuárias e o vandalismo estão entre os motivos que mais causam incêndios florestais em São Paulo, segundo dados do Painel Geoestatístico. Neste ano, por exemplo, mais de 90% dos focos tiveram como causa ações humanas que poderiam ter sido evitadas, que culminaram com a queima de mais de 7 mil hectares de mata, sendo 738 dentro das Unidades de Conservação- UCs – uma diminuição de 79% em relação a 2021, onde mais de 15 mil hectares de áreas protegidas foram atingidos – e 6.422 nas zonas de amortecimento.
A população pode ajudar: não faça fogueiras, queime lixo ou jogue bitucas de cigarro em áreas de mata. Além de crime ambiental, soltar balões é um dos grandes vilões dos incêndios, evite a prática e denunciei a fabricação, transporte e a soltura por meio do 190 ou pelo canal de denúncias da Polícia Militar Ambiental: bit.ly/DenuncieAQUI.
Além disso, neste ano o Estado de São Paulo também registrou o menor número de focos calor detectados pelo satélite desde 1998, segundo dados do portal do Monitoramento de Queimadas e Incêndios do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Diferente do incêndio florestal, onde o fogo é descontrolado e atinge todos os tipos de vegetação, seja plantações, pastos ou áreas de florestas, o foco de calor é qualquer temperatura registrada acima de 47 graus. Um foco de calor não é necessariamente um foco de fogo ou incêndio, podendo ser proveniente, por exemplo, da prática agropastoril ou florestal que utiliza o fogo para viabilizar a agricultura ou renovar as pastagens.