O secretário da Saúde de Andradina, Dr João Leme, anunciou que a cidade vive uma epidemia da Dengue.
“Cabe a responsabilidade de cada um o combate a Dengue, porque ela também mata. Em caso de sintomas como dor de cabeça, dor no corpo e nos olhos, procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima da sua casa. A partir de agora não será mais feito o exame sorológico e o tratamento será iniciado caso esses sintomas venham a aparecer”, explicou João Leme.
O secretário também lembrou que todos devam fazer a sua parte removendo tudo que não usa de sua residência, dos quintais, da frente da sua casa. “Colabore. Tudo que acumula água pode proliferar o mosquito da Dengue e levar a contaminação das pessoas”, enfatizou.
A população precisa relembrar o cuidado básico de esvaziar pontos de água parada, como vasos de plantas, caixas d’água e piscinas.
A Saúde também vai iniciar a pulverização de inseticida nas residências para tentar reverter o quadro de epidemia.
Avanço
Só na região de Araçatuba já foram registrados 6 óbitos em 2022, nenhum em Andradina. Especialistas alertam que a pior época de transmissão da doença é justamente agora.
Esse quadro afeta outras regiões e outros estados brasileiros, o que indica que o Brasil corre grande risco de enfrentar uma epidemia nacional de dengue este ano.
Proliferação do mosquito
A dengue, assim como a zika e a chikungunya, é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Esse vetor se prolifera em ambientes quentes e úmidos, o que torna o período de verão extremamente favorável à sua disseminação.
O número de casos de dengue no Brasil cresceu 43,9% nos primeiros meses do ano, segundo dados do Ministério da Saúde. Entre 2 de janeiro e 12 de março de 2022, foram 161.605 notificações de prováveis infectados, com uma incidência de 75,8 por 100 mil habitantes.
A coordenadora do InfoDengue da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Cláudia Codeço, avalia que o cenário é de atenção. “No ano passado, a gente estava em baixa atividade da dengue, então o aumento em si não seria tanto. Mas se a gente compara o histórico de várias temporadas de dengue, a gente vê que se aproxima dos altos índices de 2016 e 2020”, afirmou.
Já entre os municípios, a cidade de São José do Rio Preto (SP) está em quarto lugar no ranking de casos.