retirada de toneladas de tilápias que apareceram mortas em uma piscicultura localizada no Rio Marinheiro, em Cardoso, no interior de São Paulo, continua na manhã desta quinta-feira (24).
Um mutirão formado por voluntários e funcionários está retirando, desde quarta-feira (23), os peixes e transportando ao aterro sanitário da cidade. Um caminhão e um trator foram disponibilizados pela Prefeitura de Cardoso para ajudar no trabalho. A causa da mortandade é desconhecida e segue sob investigação. E acordo com o piscicultor Luiz Antônio Pierre, todas as tilápias que ficavam em 48 tanques começaram a aparecer mortas na segunda-feira (21).
"Os peixes que estavam em um tanque no meio do rio morreram. Na terça-feira, começou uma cadeia. Foi tanque por tanque", disse o piscicultor, impressionado com a mortandade.
“Não conseguimos encontrar um peixe vivo para fazer a análise. A gente calcula que mais de 300 mil peixes morreram. Acho que o prejuízo está beirando R$ 1 milhão. Não sei o que vamos fazer ainda”, completa Luiz.
Segundo o diretor de Meio Ambiente de Cardoso, Levi Francisco dos Santos, peixes de outras espécies também apareceram mortos em diferentes trechos do Rio Marinheiro. Equipes coletaram amostras da água para perícia, feita pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).
“O impacto maior foi na piscicultura. A gente veio coletar amostras de água para análise. O resultado sai dentro de quatro ou cinco dias. Não sabemos o motivo que causou a mortandade de peixes. Estamos de mãos atadas, fazendo a remoção, descartando os peixes no aterro sanitário, e aguardando para saber qual atitude tomar”, afirma.
A Cetesb afirmou que fez inspeção, mas não encontrou fontes de poluição no entorno que pudesse causar desequilíbrio.
As equipes da agência coletaram amostras de água para fazer análise e investigar a mortandade de peixes no Rio Marinheiro. O resultado deve sair em alguns dias.