O Município de Quatá, região de Presidente Prudente, que abrange o Parque Estadual Rio do Peixe, foi alvo do Projeto Rios do Oeste neste último fim de semana. A equipe registrou ao menos quatro cachoeiras no Ribeirão Francisco Padilha.
“Graças a ajuda dos guias Francisco Dionísio da Silva – Ceará, e de Adriana dos Santos de Araújo – Adriana Baiana – chegamos à Área de Preservação Permanente que protege o ribeirão, distante oito quilômetros do centro urbano e percorremos outros sete até visitar os recursos naturais”, disse o fotógrafo Moisés Eustáquio – autor do livro.
Equipe do projeto, com os guias e jovens que acampavam à margem do ribeirão
Apesar de ignoradas pela grande totalidade da população de Quatá, as cachoeiras Toca da Onça, Duas Irmãs, Fenda e Fenda 2 são bem preservadas em meio à mata densa que divide o ribeirão das áreas agrícolas.
Foto de drone mostra a cachoeira Duas Irmãs em meio a área de APP
“Infelizmente, alguns visitantes ignoram o conceito de preservação e não hesitam em deixar lixo nas margens do ribeirão, aonde as pessoas caminham por cerca de 500 metros pela água entre a Toca da Onça e a Fenda”, observou Eustáquio.
As fotos das quatro cachoeiras devem enriquecer e muito a obra literária, com previsão de lançamento para julho desse ano. “Valeu o sacrifício da caminhada e até das ferroadas dos marimbondos cavalos”, atentou o fotógrafo.
Ribeirão Francisco Padilha tem área bastante preservada e água limpa
DO QUE SE TRATA?
O projeto Rios do Oeste traz um ensaio fotográfico de Moisés Eustáquio, que busca a beleza contida nas margens dos rios do interior paulista: Tietê, Paraná, São José dos Dourados, Parques Estaduais do Aguapeí/Feio e Rio do Peixe e seus afluentes.
Texturas Naturais, manifestações da natureza, correntezas de rios e cachoeiras, praias, pontes, usinas, hidrovia, fauna e flora etc., serão protagonistas nesse livro.
O livro Rios do Oeste busca apresentar o contexto dos rios em relação aos municípios de seus entornos, suas atividades comerciais, culturais e religiosas, esportivas e turísticas a diferentes públicos de modo que invoquem no leitor uma reflexão acerca de seus aspectos, sejam eles, de crítica socioeconômica, olhar turístico, preservação ou contemplativo.
O Código do Projeto 29436 foi publicado no DIÁRIO OFICIAL em dia 20 de março de 2020 e é incentivado pelo Programa de Ação Cultural - Incentivo Fiscal (Lei 12.268/06), da Secretaria de Cultura do Governo Estadual.
O livro está sendo produzido com o apoio das Bebidas Poty, de Potirendaba, e da Rede Telecom, de Andradina. A Serifa Editora e Comunicação, de São José do Rio Preto, é a empresa encarregada da impressão do livro, com 270 páginas, mil exemplares iniciais, em cores, e tradução em inglês.
Jovem que integra grupo em acampamento se delicia na água limpa e fresca do ribeirão
PROAC/ICMS
O ProAC ICMS é a modalidade do programa de fomento paulista que funciona por meio de patrocínios incentivados e renúncia fiscal. Para ter acesso aos recursos disponíveis, os artistas, grupos ou produtores devem submeter seus projetos à análise de uma comissão especializada, que avalia requisitos como relevância artística e adequação da proposta orçamentária.
Com o projeto aprovado, o proponente pode solicitar patrocínio a empresas sediadas em São Paulo. Estas, por sua vez, recebem descontos no imposto devido, como forma de estímulo ao patrocínio. Qualquer empresa pode ser patrocinadora via ProAC ICMS, bastando ser contribuinte deste imposto e estar em dia com suas obrigações fiscais.
A fim de garantir uma ampla distribuição dos recursos disponíveis, a legislação do ProAC ICMS estabelece limites máximos de captação para cada tipo de projeto, além de limitar também a quantidade de projetos por proponente. Para as empresas há, ainda, um limite máximo de valor a ser patrocinado, que varia percentualmente segundo o volume de impostos a recolher.