A reunião será realizada no Palácio do Planalto, em Brasília, às 9h30, 13 dias após o ataque que matou quatro crianças numa creche particular em Blumenau (SC).
A reportagem apurou que o governo quer reforçar a necessidade de se firmar parcerias com todos os entes federativos para políticas de prevenção e enfrentamento à violência nas escolas, com estratégias de promoção de paz nas instituições educacionais e de combate aos discursos de ódioEstão previstas as participações de Geraldo Alckmin (vice-presidente), Rodrigo Pacheco (presidente do Senado), Rosa Weber (presidenta do Supremo Tribunal Federal), Augusto Aras (Procurador-Geral da República), governadores dos estados e do Distrito Federal, além de entidades, como a Confederação Nacional de Municípios e a Frente Nacional de Prefeitos.
Os ministros Rui Costa (Casa Civil), Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais), Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social), Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública) e Camilo Santana (Educação) estarão presentes, assim como os líderes do governo, senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Jaques Wagner (PT-BA), e o deputado José Guimarães (PT-CE)., inclusive, na internet.
Ataque em Santa Catarina
Em 5 de abril de 2023, um homem de 25 anos invadiu o Centro de Educação Infantil Cantinho Bom Pastor, em Blumenau (SC), e agrediu com uma machadinha oito alunos. Bernardo Cunha Machado, de 5 anos, Bernardo Pabest da Cunha, de 4, Enzo Marchesin, de 4, e Larissa Maia Toldo, de 7, não resistiram aos ferimentos e morreram no local. Outros quatro foram internados e receberam alta.
O prefeito da cidade, Mário Hildebrandt, revelou que todas as vítimas fatais eram filhos únicos. Nos dias subsequentes ao ataque, amigos e familiares das vítimas e moradores de Blumenau fizeram uma vigília em frente ao local do crime. As pessoas acenderam velas e levaram flores para homenagear as vítimas. Por causa dos assassinatos, a prefeitura decretou luto de 30 dias.
Segundo levantamento da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o Brasil registrou ao menos 22 ataques de violência extrema em 23 escolas desde 2002. O número é mais alarmante se considerado um recorte recente: mais de um terço desses registros (9) ocorreu desde junho do ano passado.