Dorivaldo Bernardo
Na ultima sessão ordinária da Câmara Municipal de Castilho, realizada no dia 10/04 o Presidente da Casa de Leis, Vereador, Ailton Pereira, pediu ao executivo municipal a instalação de vagas de estacionamento preferenciais para portadores de TEA (Transtorno do Espectro Autista) no mesmo pedido o Ailton solicitou informações se há possibilidade de montar uma equipe multifuncional para atender essas pessoas e se existe atendimento preferencial nos locais públicos.
“É importante que essas pessoas sejam tratadas com atenção e respeito, existem vagas para idosos, deficientes, porque não criarmos vagas destinadas a portadores de TEA, isto poderia facilitar mais a vida destas pessoas, por isso estou pedindo prioridade no atendimento com vagas em filas preferenciais”. Disse o Presidente da Câmara.
O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades.
Sinais de alerta no neurodesenvolvimento da criança podem ser percebidos nos primeiros meses de vida, sendo o diagnóstico estabelecido por volta dos 2 a 3 anos de idade. A prevalência é maior no sexo masculino.
A identificação de atrasos no desenvolvimento, o diagnóstico oportuno de TEA e encaminhamento para intervenções comportamentais e apoio educacional na idade mais precoce possível, pode levar a melhores resultados a longo prazo, considerando a neuroplasticidade cerebral.
Ressalta-se que o tratamento oportuno com estimulação precoce deve ser preconizado em qualquer caso de suspeita de TEA ou desenvolvimento atípico da criança, independentemente de confirmação diagnóstica.
A etiologia do transtorno do espectro autista ainda permanece desconhecida. Evidências científicas apontam que não há uma causa única, mas sim a interação de fatores genéticos e ambientais. A interação entre esses fatores parece estar relacionada ao TEA, porém é importante ressaltar que “risco aumentado” não é o mesmo que causa fatores de risco ambientais. Os fatores ambientais podem aumentar ou diminuir o risco de TEA em pessoas geneticamente predispostas. Embora nenhum destes fatores pareça ter forte correlação com aumento e/ou diminuição dos riscos, a exposição a agentes químicos, deficiência de vitamina D e ácido fólico, uso de substâncias (como ácido valpróico) durante a gestação, prematuridade (com idade gestacional abaixo de 35 semanas), baixo peso ao nascer (< 2.500 g), gestações múltiplas, infecção materna durante a gravidez e idade parental avançada são considerados fatores contribuintes para o desenvolvimento do TEA.