"Nosso trabalho não vai ficar pontuado somente na segurança dos professores, alunos e colaboradores das escolas, mas na questão de entorpecentes dentro e fora da escola. Combater o tráfico de entorpecentes dentro e fora da escola será um trabalho feito por todos, não só pela polícia, mas com ajuda da comunidade escolar. A união faz a força, assim vamos conseguir vencer os obstáculos", comentou o comandante da Cia, capitão Diogo, que há duas semanas assumiu o posto, acrescentando da importância da segurança nas escolas ser algo continuo, além da segurança de todas as três cidades que compõem a Companhia: Andradina, Castilho e Nova Independência.
O domínio da escola é responsabilidade dos diretores, a polícia só pode adentrar quando for solicitada. "Vamos parar na porta da escola, fazer a segurança externa, mas e a interna? O aluno que entra com droga, com faca ou qualquer outro objeto que traga insegurança, precisamos do apoio de toda comunidade escolar para poder dar esse respaldo. Só vamos conseguir atuar se tiver conhecimento dos diretores", frisou ele. Cada escola tem uma demanda, como brigas entre alunos, entorpecentes, então cada escola deve ser trabalhada de uma maneira. "Um trabalho de médio a longo prazo. Precisamos que todos se unam".
De acordo com capitão Diogo, o programa de policiamento escolar (diretriz PM3-004/03/20), há a criação de uma pasta digital para cada descola, mas as solicitações devem ser formalizadas para que a polícia possa conhecer os problemas daquela unidade escolar, a fim de estabelecer ações para coibir essas demandas. "Se identificar alguma coisa fora do normal ou qualquer informação para abrir de forma formal, através do 190, para deixar registrado e ao mesmo tempo ser feito um mapeamento da demanda de cada escola", comentou o capitão apresentando que em um ano foram realizadas mais de mil intervenções externas e internas nas escolas das três cidades, só que existe menos de 10 ocorrências registradas, gerando uma falsa informação. "São dados estatísticos que ajudam a fazer planejamento", enfatizou o capitão.
Capitão disse ainda que dentre as ações da Polícia para este período estão a intensificação da ronda escolar com maior presença na entrada/saída das escolas; ações conjuntas com o corpo docente nas áreas internas das escolas,; empenho de patrulhas DEJEM nas rondas escolares com ações e abordagens e vistorias; palestras sobre segurança pessoal específicas dos professor e funcionários em cada unidade escolar. Também serão abordados alunos para vistoriar mochilas, como medida inicial para ajudar, mas não é solucionadora de problema. "Recebendo informações vamos abordar. O setor de inteligência também vai atuar dentro das escolas, a paisana, para que levante os problemas".
Nesse momento que o pânico está generalizado, o comandante disse que está sendo feito um revezamento de viaturas para que todas as escolas tenham o sentimento de segurança, os policiais de folga (DEJEM) estão sendo chamados para atuar nas rondas escolares e há uma viatura específica para ronda escolar da atividade delegada. Ele frisou que em Andradina, a atividade delegada está funcionando 24h.
Tanto o capitão como a diretoria da delegacia de ensino, Selênia, falaram que importância de não se repassar as fake news. "Tudo que for para somar ajuda. Todos estão trabalhando a todo momento, repassadas informações à polícia militar para trabalhar com eficiência, inteligência e presença", finalizou Diogo. "A instabilidade e a cultura do medo vai se propagando no ambiente da escola, por isso não devemos repassar boatos e nem fake news, temos que conversar com nossa equipe para que não saia nenhum boato de dentro das escolas", completou ela.