Um homem de 29 anos, funcionário de um supermercado em Birigui (SP), foi preso na Sexta-feira Santa (7), acusado de tentar furtar duas peças de carne no açougue do estabelecimento, onde é funcionário. A mercadoria foi avaliada em R$ 450,00 e ele confessou o crime, sob argumento de que estava passando necessidades e que teve as contas de energia de casa cortada.
Segundo a polícia, o subgerente do mercado contou que o investigado trabalha como auxiliar de açougue tem como uma das funções de rotina ir a um container refrigerado no estacionamento buscar peças de carne para levar até o açougue para serem fatiadas e vendidas aos clientes.
Na sexta-feira, em uma das vezes que foi fazer esse trabalho, ele foi visto separando duas peças de contrafilé bovino, uma com seis quilos e outra com cinco quilos, e as escondeu junto com o papelão para descarte.
Após esconder as peças de carne o acusado teria saído para almoçar, pegou a mercadoria e guardou em uma bolsa, vindo a ser abordado. Segundo o subgerente, ao ser questionado, o funcionário alegou que estava com contas atrasadas em sua casa e que pretendia vender as peças de carne para pagar estas contas.
Arrependido
A Polícia Militar foi chamada e encaminhou o investigado para a delegacia, onde a polícia foi informada que ele trabalhava no estabelecimento havia aproximadamente dois meses.
Segundo o que foi relatado, o acusado já havia comentado que teve problemas no pagamento de uma conta de água do imóvel onde está morando, mas em momento algum teria dito que precisava de algum tipo de ajuda.
Ao prestar declarações, o investigado admitiu que pegou as peças de carne e pretendia vendê-las para, com o dinheiro, quitar uma dívida da conta de água e pedir o restabelecimento do fornecimento, que estaria suspenso.
O acusado alegou ainda que não tinha combinado com ninguém a venda da carne e pretendia oferecê-la a alguém depois que conseguisse furtá-la. Ele se declarou muito arrependido, argumentando ter agido assim por estar passando por necessidades.
Preso
Apesar das justificativas, o delegado Eduardo Lima de Paula, que presidiu a ocorrência, decidiu pela prisão em flagrante por furto qualificado pelo abuso de confiança, por ter usado da condição privilegiada de funcionário para ter acesso às peças de carne que pretendia furtar.
Como a pena em caso de condenação é superior a 4 anos de prisão, não pode ser arbitrada fiança na fase policial. Após a conclusão do registro ele permaneceu à disposição da Justiça.
O caso aconteceu na cidade de Birigui-SP.