O gás de cozinha, o GLP (gás liquefeito de petróleo), terá seu primeiro reajuste após 152 dias. O preço médio de venda, para as distribuidoras, passará de R$ 3,86 para R$ 4,48 por quilo, um reajuste de 16,1%.
O preço médio final do botijão de 13 quilos tem se mantido estável em R$ 102, pelas últimas semanas. Com o reajuste da Petrobras, poderá passar para cerca de R$ 110.Depois da escalada de preços dos combustíveis com a crise da pandemia de coronavírus, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia trouxe impactos diretos no setor de petróleo. O barril de petróleo no mercado global chegou a US$ 139,13 na última segunda-feira (7).
O governo brasileiro e o Congresso Nacional buscam uma solução para evitar que a grande volatilidade externa do petróleo contamine os preços internos. O Senado aprovou nesta quinta-feira (10) o projeto de lei que altera a forma de cobrança do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) nas operações que envolvem combustíveis, o que deve baixar o valor de venda dos produtos derivados de petróleo.
Segundo o texto, a alíquota do ICMS na comercialização de gasolina, etanol, diesel, biodiesel, gás de cozinha, derivado de gás natural e querosene de aviação será cobrada sobre o valor fixo por litro, e não pelo preço do produto.
Gasolina aumenta 45% em dois anos
Desde o início da crise provocada pela pandemia, o preço médio da gasolina nos postos de combustíveis já variou 45%. O valor médio cobrado por litro era de R$ 4,550 em fevereiro de 2020. Já no mesmo mês deste ano o preço chegou a R$ 6,600, segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
O maior valor médio já registrado havia sido em novembro de 2021, com R$ 6,744 o litro. Em dezembro, a Petrobras anunciou queda nos preços vendidos à refinarias. Com isso, o litro da gasolina nos postos passou para R$ 6,670, em dezembro, uma queda de 1,09%. Mas os preços voltaram a subir após o último aumento da Petrobras, em 12 de janeiro de 2022.
Os combustíveis foram, junto com alimentos e energia elétrica, responsáveis pela variação de 10,06% da inflação oficial de preços em 2021.