Uma pessoa em situação de rua, dada pela família como desaparecida, foi identificada graças à Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. A informação divulgada nesta segunda-feira (30) foi confirmada por meio de exames de material genético entre familiares, realizados pela Polícia Científica de Pernambuco. Este foi o primeiro cruzamento de DNA da campanha que chega à identificação de um desaparecido vivo.
De acordo com a pasta, Francisco, como era conhecido, vivia há anos no centro de Arcoverde (PE). Ele não tinha contato com familiares e nem documentos que comprovassem a sua real identidade. Foi a partir daí que voluntários da cidade começaram uma busca no estado.
Com a campanha, a unidade de Polícia Científica do Sertão de Moxotó, em Pernambuco, apoiou a busca. Coletou o DNA do homem e chegou até uma mulher, moradora de Lajedo, mesmo estado, que procurava um irmão desaparecido há mais de 30 anos, chamado Cícero. Materiais biológicos foram coletados e encaminhados para o Instituto de Genética Forense Eduardo Campos (IGFEC), em Recife, que confirmou a identidade de Cícero.
Outros casos
Com a campanha do ministério, já foi possível que outras 23 famílias no país encontrassem os restos mortais de seus familiares desaparecidos. A identificação dos restos mortais foi constatada pelos bancos estaduais em Goiás (6), Maranhão (1), Mato Grosso do Sul (1), Minas Gerais (1), Rio de Janeiro (3) e Rio Grande do Sul (11).
A ação foi realizada de 14 a 18 de junho em todo o país. Mais de 2 mil famílias de desaparecidos forneceram material genético. É importante ressaltar que familiares podem continuar buscando os pontos para doar seus materiais genéticos.