A campanha a favor da realização de cultos e celebrações religiosas presenciais em todo o país, com a #querominhaigrejaaberta, ganha força nas redes sociais. Recentemente, o movimento recebeu apoio do deputado federal Aroldo Martins (PR), vice-líder do Republicanos na Câmara.
“A igreja dá apoio à saúde física, psicológica e psiquiátrica das pessoas. A igreja faz bem para as pessoas, porque trabalha na fé e ajuda na recuperação das pessoas num todo”, afirma Martins.
O tema foi analisado de forma monocrática por ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). No último sábado (3), o ministro Nunes Marques autorizou cultos e missas no país ao atender uma ação da Anajure (Associação Nacional de Juristas Evangélicos) em Minas Gerais.
O magistrado avaliou que as celebrações realizadas com protocolos sanitárias poderiam ser consideradas essenciais, especialmente durante a Semana Santa.
Na segunda-feira (5), o ministro Gilmar Mendes divergiu do colega, em uma ação do PSD em São Paulo, e vetou a celebração de cerimônias religiosas.
O vice-líder do Republicanos avalia que a medida dada por Nunes Marques aumenta em 10 pontos percentuais os espaços públicos e cultos e missas. “Aquilo que os Estados têm feito, de liberar 15% dos cultos presenciais, com distanciamento e todas as regras de higiene, aferição de temperatura, uso de álcool e gel, por exemplo... A liminar do ministro Kassio Nunes Marques tem 25%, um quarto da capacidade do lugar, que é uma possibilidade muito grande de distanciamento, e que a gente não vê que acontece nos grandes centros, nos ônibus, trens, bondes e em muitos outros lugares”, argumenta.
A realização de cultos e celebrações religiosas é o primeiro item da pauta desta quarta-feira (7) do plenário do STF. Tanto a AGU (Advocacia-Geral da União) como a PGR (Procuradoria-Geral da República) enviaram manifestações a favor da liberação de cultos e missas.